Na tarde do último dia 1º de fevereiro, a nova cúpula diretiva tomou posse no Tribunal de Justiça do Paraná, em cerimônia que aconteceu no Tribunal Pleno, para o biênio 2017-2018. Durante a solenidade, além de o Desembargador Renato Braga Bettega ter sido empossado no cargo de Presidente, também tomaram posse o Desembargador Arquelau Araújo Ribas, na 1ª Vice-Presidência, a Desembargadora Lídia Matiko Maejima, na 2ª Vice-Presidência, o Desembargador Rogério Luis Nielsen Kanayama, como Corregedor-Geral da Justiça, o Desembargador Mario Helton Jorge, na Corregedoria, e a Desembargadora Lenice Bodstein, como Ouvidora-Geral.
Bettega assume o TJPR após dois anos de uma conturbada gestão, durante a qual o repasse do duodécimo foi irresponsavelmente reduzido pelo Governo do Estado, sem reação à altura pelo Chefe do Judiciário. A gestão também foi marcada pela greve dos servidores, que durou 22 dias, e ficou caracterizada por estar na contramão das políticas públicas traçadas pelo Conselho Nacional de Justiça, diante dos altos investimentos realizados no Segundo Grau de Jurisdição, quando o próprio CNJ, além de partes e advogados, indicam a urgente necessidade de reestruturação da primeira instância.
Em seu discurso de posse, o Presidente eleito cumprimentou os presentes e ressaltou que irá valorizar magistrados e servidores, implantar a gestão por competências e o treinamento contínuo. Bettega pretende fortalecer a comunicação institucional e, para isso, na sua gestão, o site oficial do TJPR será eminentemente institucional, servindo para a correta veiculação de notícias e interação entre Primeiro e Segundo Graus. Reforçou que todos os atos administrativos serão públicos e motivados e encerrou afirmando que enfrentará as carências do Primeiro Grau, porta de acesso do jurisdicionado.
A ANJUD aguarda a designação de audiência com o novo Presidente, a fim de debater temas sensíveis aos servidores e que aguardam a resolução por parte do TJPR, como a isonomia, a relotação e a falta de servidores no Primeiro Grau de Jurisdição. Ao Desembargador Fernando Prazeres, designado como interlocutor com o Primeiro Grau e as representações dos servidores, a ANJUD já adiantou que, em conjunto com a Administração, pretende encontrar solução para o desvio de função dos Analistas Judiciários da Área Judiciária e Contábeis, para a adequada estruturação dos gabinetes dos magistrados do Primeiro Grau, para o concurso público que pretende selecionar Analistas Judiciários Psicólogos e Assistentes Sociais, cujo edital foi impugnado pela associação, e para a precipitada instalação do sistema de protesto de custas não pagas nas unidades judiciárias do Primeiro Grau, o que causará aumento de atribuições e, mais, que não dizem respeito à competência das unidades jurisdicionais, além de implicar em responsabilidade administrativa e civil dos magistrados e servidores.
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